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Portaria Capixaba do PARNA continua fechada

Quase um ano depois das fortes chuvas que atingiram a região do Caparaó, a portaria do lado capixaba do Parque Nacional do Caparaó, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ICMBio, continua fechada. O lugar ainda está em reestruturação depois da grande destruição causada pelo temporal de janeiro de 2020. Durante todo ano passado, voluntários se uniram junto a administração do PARNA para melhorar a área, muita coisa foi feita, mas ainda não há previsão de abertura do acesso pela portaria de Pedra Menina, em Dores do Rio Preto.

Segundo o Chefe do Parque Nacional do Caparaó, Fábio Vellozo, na época as chuvas destruíram praticamente todos os acessos do Parque. No lado mineiro, os estragos foram de amplitude bem menor, mais vinculado a quedas de barreiras sobre o leito da estrada. Já no lado Capixaba, além dos deslizamentos sobre o leito, destruíram centenas de metros cúbicos de solo que compunham a base da estrada.

“Assim precisamos fazer contenções, cortes aterros e desvios, pois perdemos o solo por onde trafegavam os veículos, sendo necessário refazer as estradas de forma que voltem a ser estáveis e seguras para os visitantes, sem risco de novos desabamentos. Antes não tínhamos sequer como acessar algumas áreas do Parque, mas hoje já conseguimos realizar ações de gestão em locais cuja falta de acesso havia inviabilizado”, explica Fábio.

A administração conta ainda, que não existe planos para abertura de novas áreas, o foco é recuperar os acessos antigos. Ainda não é possível autorizar a entrada de veículos no Parque Nacional, mas está sendo estudada uma ideia de autorizar acessos a pé, para que os visitantes façam caminhadas no local. A portaria mineira que fica em Alto Caparaó está funcionando, com as restrições impostas pela pandemia, mas aberta a comunidade em alguns horários.

Visitação

Desde da abertura oficial da portaria capixaba no ano de 1997, o número de visitação só vem crescendo, em 2019 por exemplo, foram registrados 40 mil visitantes. O fechamento no ano passado se deu por conta das questões das chuvas, depois veio a pandemia, que de certa forma dificultou alguns trabalhos de recuperação. Por outro lado, sem a abertura a natureza foi recuperando mais espaços.

 

“Não acredito que tenha havido maior preservação da fauna, mas, em alguns casos, os animais passaram a circular por lugares em que antes se mantinham em maior distância, devido à movimentação de pessoas. Quanto à flora sim, talvez tenhamos reduzido um pouco o impacto, pois com o Parque aberto, algumas pessoas, por desconhecimento ou não, muitas vezes se utilizam de traçados divergentes das trilhas originais, o que provoca impactos nas imediações das trilhas”, afirma o Chefe do Parna.

O ano de 2020 foi difícil para o Parque Nacional do Caparaó, além da destruição devido as chuvas, depois a paralisação de muitos trabalhos pela pandemia, os incêndios atingiram algumas áreas em proporções menores do Parque. Como havia um planejamento de prevenção e agilidade nos atendimentos, os prejuízos foram pequenos. Além disso, o Parna recebeu apoio de voluntários, do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo e de Minas Gerais.

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