As novas regras endossadas pelo Parlamento Europeu podem salvar milhões de smartphones do aterro. A União Europeia em breve quer que os fabricantes de smartphones permitam que os próprios usuários troquem as baterias de seus aparelhos celulares.
As novas regras rígidas, endossadas pelo Parlamento Europeu esta semana, podem salvar milhões de celulares do aterro. Todos os anos, mais de 150 milhões de smartphones são descartados, de acordo com a Euronews. Tornar as baterias mais fáceis de substituir poderia diminuir a quantidade gerada desse resíduo eletrônico.
Atualmente, os telefones existentes vedam as baterias dentro do tablet, o que significa que substituí-las pode ser quase tão caro quanto comprar um novo telefone. As novas medidas ajudarão a quebrar esse ciclo de consumo desenfreado, declarou o eurodeputado Achille Variati.
“Pela primeira vez, temos uma legislação de economia circular que cobre todo o ciclo de vida de um produto – uma abordagem que é boa tanto para o meio ambiente quanto para a economia ”, afirmou.
De acordo com a legislação proposta, os consumidores devem poder remover e substituir facilmente as baterias portáteis usadas em dispositivos como smartphones, tablets e câmeras.
Isso exigirá uma reformulação significativa, de acordo com os fabricantes. Além disso, as regras de substituição de baterias de celulares fazem parte de um sistema mais amplo de regras.
Todos as baterias industriais recarregáveis acima de 2kWh precisarão ter uma declaração obrigatória de pegada de carbono, etiqueta e passaporte digital . O parlamento também aprovou novas metas para coleta de lixo e recuperação de materiais de baterias velhas .
Até 2031, 61% dos resíduos devem ser coletados e 95% dos materiais devem ser recuperados de velhas baterias portáteis. Os telefones celulares descartados em aterros sanitários, podem liberar produtos químicos tóxicos nas águas subterrâneas e contaminar o solo. Além de levar anos para se decompor, esses aparelhos usados, quando descartados incorretamente, desperdiçam metais preciosos como cobalto e lítio .
De acordo com um estudo da Comissão Europeia realizado no ano passado, 77% dos cidadãos da UE preferem consertar seus dispositivos a substituí-los. Além disso, 79% acham que os fabricantes devem facilitar o reparo de seus dispositivos digitais, com melhor acesso às peças individuais. As regras entrarão em vigor em 2027.
Fonte: Euronews
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