Museu do Amanhã sediará série de atividades voltadas à agenda ambiental durante toda a semana
Desde essa segunda-feira (6/6), o Museu do Amanhã, na Zona Portuária da capital fluminense, está sendo palco de mais um passo do Estado do Rio de Janeiro em direção ao desenvolvimento sustentável com o início das atividades da Semana do Ambiente 2022 da Rio 2030.
Mais de meio século após a Conferência de Estocolmo, considerada a primeira reunião de líderes globais para tratar da agenda ambiental, autoridades irão se reunir durante a semana para discutir, em conjunto com a sociedade civil, a construção de um amanhã mais verde.
“Além de comemorar a Semana do Ambiente, nós damos o pontapé inicial da Rio 2030, agenda estratégica dos próximos oito anos na qual buscamos atingir as 169 metas, baseadas nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, para que se alcance estágios jamais vistos na política pública ambiental do Rio de Janeiro e do Brasil. Espero que daqui desse evento saiam ideias e soluções ambientais excelentes e que possamos alcançar o que almejamos na nossa agenda ambiental. Não temos mais tempo a perder”, afirmou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, José Ricardo Brito.
A manhã dessa segunda contou com o lançamento da plataforma de indicadores do Inea, Ambiente+, com a aula magna com o curador de sustentabilidade do Museu, Sérgio Besserman, e outras atividades que visam estimular a comunidade fluminense a se aliar à agenda ambiental.
Para o presidente do Inea, Philipe Campello, o evento é uma grande oportunidade de tornar a comunidade fluminense uma aliada no alcance dos objetivos estaduais.
“A Semana do Ambiente é muito especial para todos nós. Mas estamos aqui hoje para, muito mais que comemorar, refletir. Nós precisamos mudar a fala, nós precisamos de gente nessa luta e, principalmente, nós precisamos falar com os não convertidos à causa”, pontuou.
Estiveram presentes na cerimônia de abertura o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, José Ricardo Brito, o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Philipe Campello, a diretora-executiva do Museu do Amanhã, Maria Garibaldi, e o diretor-executivo da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), Josivan Moreno.
Em comemoração ao início das atividades da semana, o Inea lançou uma ferramenta em prol do desenvolvimento sustentável fluminense.
A partir da plataforma de indicadores Ambiente+, integrada ao site do órgão, os interessados terão acesso em tempo real a dados como os de licenciamento e fiscalização ambiental realizadas pelo instituto, os de qualidade ambiental do território fluminense e demais ações executadas pelo Inea.
Baseada na tecnologia Business Intelligence (BI), a plataforma extrai informações do banco de dados de todas as diretorias do instituto e as espelha em painéis contendo gráficos, mapas e tabelas dinâmicas, com uma série de filtros que personalizam essa informação de acordo com a necessidade do usuário.
“O Ambiente+ nasce de um anseio da população, do Ministério Público e de vários outros órgãos de controle que queriam saber o que o Inea faz. Assim, a plataforma vem ao encontro da transparência da gestão pública, abrindo as portas do instituto para críticas construtivas, que são sempre bem-vindas, além de promover o trabalho de preservação ambiental que acontece no Estado do Rio de Janeiro para, com isso, trazer mais gente para a nossa luta”, explicou o presidente do Inea.
Além de promover a transparência das ações do Inea à sociedade, a plataforma possibilita reunir em um só lugar informações anteriormente restritas à cada diretoria do instituto, promovendo uma maior integração entre os diferentes setores do Inea e a unificação de suas diferentes agendas.
A manhã contou ainda com uma aula magna do curador de Sustentabilidade do Museu do Amanhã e grande nome da área ambiental, Sérgio Besserman, com o tema “Cenários e desafios para uma transição global: retrospecto e perspectivas futuras”.
Durante a apresentação, Besserman chamou atenção para a urgência de nos comprometermos com a proteção da biodiversidade global a fim de diminuir os danos ambientais causados até então.
Sob o lema da Rio 2030, “é hora de agir”, o especialista abordou assuntos como a trajetória da humanidade para chegarmos à situação atual de conservação da biodiversidade, quais os cenários esperados nos próximos anos e quais as medidas a serem tomadas para reverter esse cenário.
Para o economista, as soluções se apresentam na implementação de uma governança global e integrada, bem como na construção de um planeta mais saudável para as gerações futuras.
“A melhor mensagem da Estocolmo+50 e da Rio 2030 é que devemos agir agora. Nós temos que mudar as tecnologias, reflorestar o planeta e cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O nome disso é transformar a história”, concluiu Besserman.
A Rio 2030 é a maior iniciativa do país na implementação das metas universais estabelecidas pela ONU na Agenda 2030. A plataforma desenvolvida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), busca estimular o debate de medidas que auxiliem no desenvolvimento sustentável global e convidar a sociedade civil para essa luta.
A Semana do Ambiente, que tem início a partir do Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6), é mais uma das atividades que integram essa luta coletiva do Estado.
Para saber mais da programação, acesse: www.rio2030.org
Fonte: Ascom/Inea-RJ