Uma união de estudantes, professores e voluntários em pleno sábado, 3 de junho. Foi a Caminhada Ecológica do IFF de Guarus e dos voluntários do Projeto Capivara. No Dia Nacional da Educação Ambiental, a missão era mais uma vez falar sobre a importância de preservar, de mudar os hábitos e plantar. O Projeto Capivara existe há seis anos, já fez plantios ao longo do rio Paraíba do Sul, em Campos, até agora 300 mudas foram plantadas.
Eles saíram cedo da sede do Instituto que fica no Jardim Carioca, em Guarus, de lá atravessaram a ponte para chegar até o bairro da Coroa, no caminho vieram recolhendo resíduos que encontravam e no final da ação, foram muitos sacos de lixo. Durante todo o trajeto, muitas conversas com o professores sobre os impactos ambientais nas áreas urbanas, um olhar na prática de todo o conteúdo adquirido e aquela vontade de ver a mudança.
Mas o conhecimento de pessoas da comunidade, que vem fazendo parte do projeto, também faz toda a diferença para os alunos. No bairro da Coroa, eles foram recebidos pelo pescador Lenilson do Espírito Santo, são décadas de trabalho no rio Paraíba do Sul e muito tempo sofrendo com a degradação do homem.”O bosque ficou nessa área, com o tempo a mata está fechando. Hoje, o lugar virou um ponto de lazer e encontro com os moradores”, explicou o pescador.
O simbolismo da ação feita ás margens do rio Paraíba do Sul parece pequena, já que o rio tem mais de 1 000 km, mas para aquela comunidade o sginificado vem sendo fortalecido em cada ação, na maneira que eles sentem a importância de preservar o meio ambiente e como essa preservação vem impactando quem busca o rio.
“Era muito matagal e tinha incêndio direto, hoje aqui está transformando em mata cilar. É muito esforço a gente vim pra cá, mas é bonito ver a transformação dessa mata degradada em proteção ao Paraíba”, explicou o professor Nilton Erthal.
História Projeto
Há seis anos alunos, professores e voluntários vem se dedicando para movimentar ações no Projeto Capivara. Desde início existia essa preocupação com o rio Paraíba do Sul, tanto que até um estudo sobre os impactos ambientais da área foi feito, mas só mostrar o problema não resolve, com boa vontade eles vem conseguindo trabalhar a consciência ambiental e fazer cultivos.
“Iniciamos em 2017 com a vinda da imagem de Nossa Senhora Aparecida, a imagem estava completado 300 anos, decidimos então plantar 300 mudas aqui no bairro da Coroa. Parte delas, foram plantadas na Lapa e algumas doadas a pescadores. Eu sou educador ambiental há 25 anos, mas o projeto me deu mais energia para continuar a educação ambiental”, Cleber Fiuza, um dos fundadores.
Pessoas que inspiram
O sábado provou que não é fácil ser um voluntário, porque as dificuldades das ações são grandes, mas o que move essas pessoas é o amor em cuidar do meio ambiente, tudo isso vem transformando pessoas e mais que isso, inspirando. Para o estudante de engenharia ambiental, Marcelo Nogueira o exemplo forma pessoas que vão cuidar mais do lugar que vivem.
“A gente faz um trabalho de tentar voltar a mata ciliar, a função dela é proteger o rio do assoreamento. É triste olhar ao redor e ver a situação grave do lugar, mas ver essa pequena mata crescendo de volta, nos enche de orgulho”, explicou Marcelo.
O coordenador do curso de Engenharia Ambiental do IFF, Gilmar Costa, a mudança de atitude das pessoas precisa ser urgente. “Essa troca de levar a instituição para a comunidade e vice versa, vem alcançando ótimos resultados. Ver os alunos vendo a importância dessa recomposição florestal é a certeza do trabalho feito”, afirma Gilmar.
Acompanhe outra matéria do Projeto Capivara:
https://rotaverde.com.br/projeto-busca-equilibrio-ambiental-do-rio-paraiba/
@projetocapivara
