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Sem destino inicial, resíduos de mineração viram asfalto em rodovias do país

Testes feitos pela Ufes revelam que escória de ferroníquel não possui elementos nocivos ao meio ambiente e às pessoas

Crédito da foto: Divulgação Anglo American

Resíduos de mineração, denominados de escória de ferroníquel, estão sendo usados para a recuperação e ampliação asfáltica de rodovias do país. Nos últimos anos, a Anglo American, em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), realizou testes que comprovaram que o material, obtido em larga escala ao final do processo de produção, não possui elementos nocivos ao meio ambiente e às pessoas.
Devido a quantidade de resíduo estocado e a falta de um destino final, ele se torna um passivo ambiental e assim é uma preocupação constante para as mineradoras e ambientalistas.

Em uma parceria apontada como inovadora e sustentável, a multinacional e uma concessionária responsável por rodovias privatizadas no estado de Goiás estão testando a utilização de escória de ferroníquel nas obras de ampliação das rodovias BR-153/GO/TO, BR-414/GO e BR-080/GO.

No total, mais de 10 mil toneladas do resíduo serão utilizadas como insumo na estrutura de pavimento. Os trabalhos foram iniciados em fevereiro deste ano.
A iniciativa, implementada no âmbito do Plano de Mineração Sustentável da companhia, reduz os impactos ambientais e também dá aplicação à escória, diminuindo a área necessária para estocagem dos resíduos gerados nas plantas industriais da empresa em Goiás.

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Além disso, segundo a multinacional, gera impactos positivos, proporcionando uma alternativa às soluções tradicionais com ganhos ambientais e incentivo à economia circular, onde os resíduos de uma indústria servem de matéria-prima reciclada para outra indústria.

“Continuaremos buscando novas alternativas para o aproveitamento de resíduos gerados em nosso processo produtivo”, afirma Tiago Alves, gerente corporativo de Meio Ambiente da companhia. Ainda segundo ele, a empresa seguirá investindo em pesquisas, buscando sempre o seu propósito de reimaginar a mineração para melhorar a vida das pessoas.

De acordo com Sidney Filho, gerente de Engenharia da concessionária que administra as rodovias, a busca por produtos como ferroníquel em substituição aos que normalmente são extraídos da natureza possibilita impactar positivamente o meio ambiente. “Além de priorizar a sustentabilidade, a iniciativa comprova o quanto estamos atentos em inovar continuamente os nossos processos”, diz.

De 2018 até agora, os investimentos institucionais da Anglo American no estado de Goiás já somam mais de R$ 14,7 milhões. Parte desses recursos foram investidos, por exemplo, em áreas como revitalização de nascentes no rio Araguaia.

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