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Reciclagem de esponjas cresce no Brasil

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Elas estão presentes no nosso dia a dia, na cozinha e também no banheiro. As esponjas são produtos de plástico, inclusive o poliuretano, chamado também de PU. Geralmente ele é utilizado na fabricação de vários produtos: espuma, colchões, travesseiros, estofados, entre outros. A reciclagem é difícil, porque esse material tem baixo valor no mercado, além disso, as esponjas sempre contém bactérias e o destino, acaba sendo os aterros sanitários. Só que no Brasil, existe um programa de logística reversa de uma das marcas que fabrica a esponja, mas quem encontra os parceiros e faz o recolhimento, é a empresa Terracyclo, que promove vários negócios sociais no setor ambiental. Vários pontos de coleta estão espalhados pelo Brasil.

“A coleta pode acontecer com qualquer consumidor, qualquer pessoa participa em qualquer parte do Brasil. O custo é pago pela Terracyclo, a pessoa pode se cadastrar, a gente sempre recomenda que seja uma grande quantidade de pessoas, que você leve a iniciativa para seu condomínio, para empresa que você trabalha, para escola dos filhos e uma vez que é feito o cadastro e essas pessoas acumularam uma quantia razóavel, tira a etiqueta no site e nós recebemos no nosso armazém” explica Renata Ross, Gerente de Marketing e Relacionamento da Terracyclo.

Depois que esse material chega na empresa, os resíduos passam por moagem, onde são fragmentadas, e depois para a micronização, que é uma moagem ultrafina. As partículas são derretidas, dando o formato de macarrões, que ao serem cortados se formam grãos plásticos chamados pellets. As esponjas são transformadas em matéria prima e voltam para cadeia produtiva, mas na forma de novos produtos.

Movimentos no Rio de Janeiro

No Sul do Rio de Janeiro, na cidade de Volta Redonda, um professor da Universidade Federal Fluminense, UFF, começou o trabalho há oito anos. Eles faz ações nas escolas e também na cooperativa de catadores. “Nos recolhemos na nossa Universidade e também junto com a cooperativa de catadores”, Afonso Aurelio de Carvalho, professor UFF.

Paula Maia, faz parte de um movimento chamado “Faz Girar” que funciona na capital do Rio de Janeiro. Além de ecoponto fixo no bairro de Copacabana, existem as feiras que vendem produtos de segunda mão e sustentáveis. No ponto fixo e quando tem feira, são feitos o recolhimento de esponjas.

Em Campos, na Universidade do Norte Fluminense, Uenf, o projeto do Plástico ao Microplástico, que é um trabalho de extensão também faz o recolhimento de vários resíduos, inclusive as esponjas que tem uma facilidade grande de soltar os plásticos.

“Na verdade o problema é que a esponja vai se decompondo muito facilmente e a gente usa a esponja onde, na cozinha, na pia para lavar uma louça, para lavar uma faca e normalmente acaba tendo um atrito com a parte plástica dela, ela acaba soltando. Quando a gente fala em microplástico, a gente fala em algo que a gente nem vê. São muito microscópios, então de uma certa maneira a gente acaba consumindo esses compostos, ao jogar fora claro que isso vai parar no ambiente também, os animais são muito mais sensíveis acabam ingerindo esse tipo de material e tem causado uma série de efeitos, são ecotoxicológicos no ambiente, devido aos microplásticos”, explica Maria Cristina Canela, Professora Uenf.

O Colégio Liceu de Humanidades, também em Campos, fez coleta de esponjas durante uma gincana realizada em setembro. A escola tradicional da cidade, se tornou um ecoponto com o recolhimento de vários parceiros, inclusive com cadastrameto também na Terracyclo. Uma movimento que mostra aos estudantes a importância da educação ambiental desde cedo.

Confira a matéria que fizemos para o Balanço Geral:

Faça parte desse movimento:

https://www.terracycle.com/pt-BR#@-14.235004:-51.92528zoom:4

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