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Pesquisa da UENF revela a diversidade do feijão existente no estado do Rio

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Feijão com arroz. Combinação considerada base da alimentação da população brasileira. Produzido em todas as regiões do País, o feijão é um dos alimentos mais presentes na mesa dos brasileiros e uma das principais alternativas de cultivo em pequenas propriedades. Cozido ou como ingrediente principal de diversos pratos, o feijão está presente no País desde a pré-colonização, quando os indígenas faziam cultivo do grão, até se popularizar ainda mais com a chegada dos portugueses.

Rico em proteínas e minerais, incluindo o ferro, além das vitaminas C e do complexo B (exceto a B12) e fibras solúveis e insolúveis, o feijão vem deixando de constar na dieta do brasileiro. Seu consumo caiu 50% nos últimos 16 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em meio a mudanças culturais e a crescente oferta de alimentos ultraprocessados, o aumento de preços do produto aliado à queda do poder aquisitivo vem levando a população a perder o hábito de comer feijão, com consequências para a segurança alimentar e para a saúde.

Entre janeiro de 2012 e janeiro de 2023, o feijão carioquinha acumulou alta de preços de 122% e o feijão preto, de 186%, comparado a uma inflação geral de 89% no período, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Ou seja, em pouco mais de uma década, o feijão carioca dobrou de preço e o feijão preto, quase triplicou. Essa alta de preços pode ser atribuída à queda na oferta do grão, já que dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que a área plantada com feijão no Brasil na safra 2022/2023 foi a menor da série histórica, iniciada em 1976, o equivalente a uma redução de 65% em relação à safra de 1981/82.

O “Catálogo da Diversidade de feijão-comum do estado do Rio de Janeiro”, editado pela Editora da Universidade Estadual do Norte Fluminense (EdUenf), é fruto de uma pesquisa de cinco anos que buscou compreender a relação dos agricultores com as variedades de feijão-comum cultivadas no estado. Resultado do projeto “Compartilhando as sementes da paixão com seus guardiões: o estado do Rio de Janeiro como hotspot de agrobiodiversidade do feijoeiro”, desenvolvido na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) pela bolsista de Pós-Doutorado Nota 10 da FAPERJ Thâmara Figueiredo Menezes Cavalcanti, a obra estabelece um diálogo entre os conhecimentos tradicional e científico.

Fonte: Assessoria Uenf
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