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O que fazemos com nosso lixo?

Normalmente o caminhão do lixo para duas ou três vezes por semana recolhendo os resíduos dos bairros, algumas cidades com gestores mais focados na redução de resíduos oferecem a coleta seletiva, mas infelizmente, a maioria ainda coleta tudo junto e pouca coisa é aproveitada na reciclada. Os catadores, grandes formigas ambientais, fazem o que podem para selecionar os materiais que vão para reciclagem, o trabalho representa para eles o sustento do dia a dia. Claro que poderia ser mais, se houve consciência e apoio de quem tem poder.

Aposta que na sua cidade em algum momento aconteceu greve dos catadores dos caminhões contratados? Eles sempre na briga por direitos importantes e nós, nos damos conta do grandioso trabalho deles quando a coleta não passa. Um lixo incomoda né, imagina só toneladas e toneladas expostas a céu aberto em grandes lixões, mesmo com as rigorosas leis atuais, ainda assim, alguns municípios no Brasil sofrem com esse crime ambiental.

O destino dos nossos descartes são principalmente os aterros sanitários e lixões. O primeiro é considerado descarte correto e o segundo descarte impróprio, a ponto de haver leis que proíbem a existência de lixões a céu aberto. Já parou para pensar o que é realmente correto e errado? Pensou que poderia reduzir o volume do seu lixo em casa? Aterros sanitários recebem tratamento de solo ou não, um aterro sanitário consiste basicamente em enterrar lixo. Um empreendimento bem caro e que tem uma vida útil curta. Então porque eles enterram o que deveria ir para reciclagem?

Ainda há um outro destino para o lixo, os oceanos. Tudo que não é enterrado, tem potencial de sair voando por aí, fora o que é descartado propositadamente nos rios e mares. Agora que temos internet em qualquer celular, estamos filmando o lixo boiar e ser ingerido por animais.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente sobre lixo são as seguintes informações, importantes para classificarmos e entendermos o nosso real papel nessa sociedade.

Lixo doméstico

Também chamado de lixo domiciliar. É oficialmente chamado de resíduo sólido urbano e tem classificações específicas. Dentro dessa nomenclatura existe a subdivisão de resíduo seco ou recicláveis e rejeito. Considero essa subdivisão equivocada. Ela só acontece, pois, a gestão de descarte urbano do Brasil é limitada. De acordo com o relatório da SNIS 2018 (Sistema nacional de Informações sobre Saneamento) apenas 1.322 municípios do Brasil têm alguma iniciativa de coleta seletiva. O certo seria descarte orgânico, descarte reciclável, descarte eletrônico e rejeito.

Lixo especial

Pode ser entulho de obra, pilhas e baterias, embalagens de venenos, latas de tinta etc. São materiais que contêm muitos químicos dentro e precisam ou deveriam receber tratamento específico. Esse descarte é tão especial, que ninguém quer lidar. Algumas prefeituras recolhem com horário agendado, mas o destino acaba sendo o mesmo de todo o resto.

Lixo industrial

São aqueles descartes derivados da indústria e de seus respectivos setores. Por exemplo, se for uma indústria automobilística, seriam os pneus e componentes dos carros, se for indústria metalúrgica, aquilo que sobra da produção das fábricas etc. São (ou deveriam ser) encaminhados para incineração ou para aterros específicos com dupla camada de isolamento do solo.

Lixo agrícola

Descarte proveniente da pecuária e da agricultura como sacas de fertilizante e agrotóxicos, estrume animal, carcaças de animais, sobras de colheita ou poda.

Lixo espacial

Desde sacola com cocô de astronautas, pedaços de espaçonaves, até satélites quebrados. São cerca de 530.000 pedaços de lixo rondando a Terra, fora os não rastreáveis. Em 2009 um satélite russo inativo colidiu com um satélite ativo dos EUA, foi quando a NASA resolveu criar um sistema de cálculo de probabilidade de colisão. E olha que beleza, essa porcaria toda pode cair em nossas cabeças.

Lixo hospitalar

Desde luvas, seringas, até bolsas de transfusão de sangue. Tudo de descarte que é gerado em hospitais, clínicas, ambulâncias, veterinários e também remédios da nossa casa. São subdivididos em diversas categorias e de acordo com elas, são encaminhados para incineradores ou aterro sanitário.

Lixo nuclear

Já tivemos acidentes no Brasil com resíduo nuclear. Um deles aconteceu em Goiânia em 1987, onde apenas 19g de cloreto de césio contaminaram 400 pessoas. Se trata de lixo radioativo, de componentes altamente perigosos, presentes em aparelhos hospitalares ou da indústria nuclear, entre outros.

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