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“O Frade e a Freira” e “Serra das Torres” têm ações ambientais por suas preservações

Propriedades modelos no entorno das Unidades de Conservação do Sul capixaba são visitadas no Frade e a Freira

Monumentos naturais e cartões-postais no sul capixaba, o Frade e a Freira (Monaff) e Serra das Torres (Monast) estão realizando atividades com as comunidades escolares do entorno das Unidades de Conservação (UCs), como forma de comemoração ao Dia Mundial da Água.

As ações prosseguem até a próxima segunda-feira (28). O objetivo é sensibilizar as comunidades sobre a importância dos monumentos na proteção dos recursos naturais ali existentes.

Neste ano, as atividades fazem parte de um calendário de ações de Educação Ambiental das UCs com os municípios do entorno e têm um foco especial nas nascentes.

Propriedades rurais das regiões estão sendo visitadas para que os alunos conheçam os serviços ambientais prestados, especialmente aqueles voltados à proteção das nascentes. Assim, as atividades integram os monumentos com instituições públicas, alunos e proprietários rurais.

“É fundamental informar aos participantes que tais unidades, além de tamanha exuberância, prestam serviços ambientais imprescindíveis para as comunidades que os circundam. Conhecer tais serviços e sensibilizar os alunos quanto à importância da proteção dos recursos hídricos da região estimulam os participantes a adotarem posturas que visam à proteção dos recursos naturais da região”, explicou Janine Scandiani, servidora do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

Cerca de 300 alunos serão contemplados na programação, que tem o apoio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e das Secretarias de Meio Ambiente e de Educação dos municípios de Atílio Vivacqua, Muqui e Rio Novo do Sul.

A programação começou na última segunda-feira (21), com a visita à propriedade do produtor Renato Bottero.

“É um lugar exuberante, bem coladinho na Serra das Torres, onde o proprietário executa muitas práticas sustentáveis. Lá, visitamos uma nascente e foi possível sensibilizar os alunos sobre a necessidade de proteger não somente o Monast, mas também todo o entorno”, ressaltou Janine Scandiani.

No local, Cristiano de Oliveira, técnico de Fiscalização e Desenvolvimento Agropecuário, deu uma aula sobre as nascentes.

Entre essa terça-feira e sexta-feira (25), é a vez do município de Atílio Vivácqua colocar em ação o projeto municipal “Plantando Águas”, da Secretaria de Meio Ambiente do município, contemplando mais de 200 crianças.

Os alunos participarão de um teatro e do plantio de mudas em propriedades no entorno da Serra das Torres.

Encerrando as comemorações, na próxima segunda-feira (28), os alunos da Escola Municipal de Cachoeirinha, em Rio Novo do Sul, vão fazer uma visita numa propriedade próxima ao Monumento Natural o Frade e a Freira.

Eles vão ao famoso “Bosque que fala”, do produtor João Martins, onde vão passear na trilha, visitar a nascente e realizar o plantio de mudas.

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Importância ambiental e histórica

A Unidade de Conservação do “O Frade e a Freira” foi criada principalmente por ser um marco paisagístico e histórico do Espírito Santo.

A região, que engloba os municípios de Cachoeiro de Itapemirim, Itapemirim e Vargem Alta, foi declarada como Patrimônio Natural Cultural, por meio da Resolução nº 07, do Conselho Estadual de Cultura, em 12 de junho de 1986.

O monumeto, segundo dados divulgados pelo Governo do ES apresenta um conjunto granítico de 683 metros de altitude, com uma silhueta, que segunda a lenda, lembra o perfil de um frade e uma freira.

Além de toda lenda que envolve o monumento, há registros históricos que em 1860, Dom Pedro II, em visita ao Espírito Santo, desenhou um esboço da rocha.

Atualmente o Monumento Natural é procurado por visitantes para contemplação da natureza e a prática de escalada esportiva.

Já o Monumento Natural Estadual Serra das Torres (MONAST), com seus 10.458,90 hectares, é a maior Unidade de Conservação da categoria Proteção Integral criada pelo Estado.

Segundo dados do Iema, a área de preservação da Serra das Torres foi reconhecida como prioritária para a conservação da biodiversidade no Estado (Decreto nº2530-R/2010), sendo localizada nos maciços rochosos entre os municípios de Atílio Vivácqua, Muqui e Mimoso do Sul.

Associada ao relevo montanhoso e escarpado está um dos mais relevantes complexos florestais do sul do Espírito Santo. Presença de plantas rupestres e formações florestais montanas e submontanas são os principais aspectos da vegetação encontrada. Estudos da flora já identificaram 201 espécies vegetais, sendo 17 ameaçadas de extinção.

Até agora as pesquisas já identificaram a presença de 20 espécies de peixes, 120 espécies de aves, incluindo 04 ameaçadas de extinção e 17 espécies de mamíferos, como o sagui-da-cara-branca, a jaguatirica,o gato-maracajá,a lontra,a preguiça-de-coleira e outros.

Os répteis e anfíbios são os mais pesquisados na UC até agora, já foram encontradas 35 espécies de répteis, algumas delas raras e de pouca ocorrência no Estado. Já para os anfíbios foram registradas 52 espécies, sendo 3 existentes apenas no Espírito Santo e 1 exclusiva do MONAST.

O patrimônio cultural-histórico está presente principalmente nos casarios coloniais, nas tradicionais festas do Boi-Pintadinho e no Encontro Nacional de Folia de Reis. Destaque também para o turismo rural, o cicloturismo, o ecoturismo e o turismo de aventuras.


Com informações do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema)

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