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Moda Sustentável: De consumista a proprietária de brechó

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Comprar uma roupa para festa, depois para um batizado, aquele cojunto que viu na internet, muitas vezes tudo em um click ou mesmo sem pensar. Muitas vezes chegar em casa e se questionar: será que preciso disso? A velocidade  com que as coisas vem acontecendo no mundo, facilitou muita coisa e no caso das compras, não foi diferente. Em apenas um click na internet o cartão passa, poucos dias depois a roupa chega e quando menos espera, o guarda roupa está cheio. Só que o ciclo continua, do consumismo impulsivo e com muitas razões, algumas delas até emocionais. Foi assim com a empreendedora Laise Brasil, que resolveu transformar o que ela considerava um “problema” em negócio e mais tarde, em estilo de vida.

A empreendedora se viu com um guarda roupa de seis portas, com muitas roupas e que não se reconhecia. Tinha também o hábito de comprar pela internet, mas quando se deu conta, nem lembrava das últimas compras que tinha feito e reconheceu na atitude consumista, algo que incomodava demais. “Eu me vi com todo esse acumulo e criei o closed, também não vou negar para pagar dívidas que tinham sido feitas no tempo de consumista. Até hoje, sinto que preciso me observar em relação a isso, a compra impulsiva é como se fosse um prazer. Tudo em questões de segundos”, explica Laise.

A loja de Laise fica em uma galeria do bairro da Pelinca, em Campos, há quase três anos no mesmo lugar,  funcionando também com uma proposta colaborativa, além do brechó, que as pessoas deixam as roupas em condicional, a medida que a peça é vendida podem ter créditos para comprar roupas, ou mesmo, receber em dinheiro. Uma maneira que faz a moda circular, pensando no meio ambiente e também pagando o preço justo. Só que muita gente, principalmente da cidade, ainda tem preconceito com esse estilo de negócio.

“Desde outubro não estou fazendo força para captar peças, fazemos pré seleção a partir de foto, o importante a peça estar em perfeito estado. Se pensar bem não tem consumo, estamos falando de reutilização de roupas. Só que existem pessoas que ainda tem medo da palavra brechó, eles entram e quando explico, saem com ações de preconceito, mas não pensam nisso quando compram roupas de outro país que utilizam até mão de obra infantil”, conta Laise.

Moda sustentável

As questões ambientais tem feito a diferença em várias atitudes que o mundo vem tomando, a forma que as pessoas se vestem também está sendo colocada em questionamento. Tudo precisa ter um ciclo de sustentabilidade, pensando na questão econômica, social e ambiental. O negócio de Laise se encaixa perfeitamente nessa tendência que precisamos seguir, para evitar aquelas montanhas de roupas que super lotam aterros no mundo inteiro. Importante deixar claro: isso não é modinha é a necessidade do planeta.

“Eu acho que tem crescido o número de mulheres mais jovens que estão repensando os hábitos e mudando suas atitudes de compra. Pensando no lixo e também, na moda mais particular. Muita novidade o tempo todo, pensar na moda como uma expressão de sí, a gente não precisa desse volume de peças no guarda roupa e não tem necessidade desse auto fluxo entrando todo tempo”, finaliza Laise.

 

Acompanhe essa matéria que fizemos sobre o tema:

https://www.youtube.com/watch?v=NIVFgzducNo

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