Glocal Experience acontece na Marina da Glória, na cidade do Rio de Janeiro, até o dia 16
Um encontro, que começou no último dia 9, na cidade do Rio de Janeiro, está discutindo propostas para um futuro sustentável do planeta. A condução das conversas da Glocal Experience, que será realizada até o próximo dia 16, terá como base os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) indicados pelas Nações Unidas (ONU) para 2030.
O evento, na Marina da Glória, que conta com uma Expo, tem uma agenda de diálogos, a qual inclui discussões sobre temas como clima, combate ao racismo e liderança feminina, além de uma série de atividades culturais.
A agenda cultural tem atividades infantis, como horta caseira, mosaico, tintas naturais e o Espaço Criança. Também acontecem sessões de cinema, oficinas, apresentações de dança e música.
Quem for à Marina da Glória também verá instalações artísticas como 17 cubos grandes sobre cada um dos ODS, a “Onda de Resíduos” (uma onda de três metros de altura composta por lixo) e a “Eggcident” (que traz ovos fritos pela quentura do planeta).
Entre esta quarta-feira (13) e sábado (16), será realizada a conferência principal da Glocal Experience, com representantes do governo, universidades, empresas privadas e ativistas, que será dividida em quatro eixos: água, clima, energia e resíduos.
“A principal potência de um evento é promover encontros de pessoas diferentes que encontram convergência a partir da sua capacidade de ouvir e de falar. A Glocal Experience se propõe a ser um lugar onde as pessoas se juntam para entender os desafios para construir o planeta que nós desejamos”, explica o diretor-geral do evento, Rodrigo Cordeiro.
A ideia é, a partir da Glocal Experience, formar um grupo com representantes da sociedade para discutir possíveis futuros com base na realidade atual. “A Glocal é um projeto perene, que começa agora em julho e não tem data para acabar”, afirma Cordeiro.
“A sustentabilidade é quase sempre uma pauta que fica para o futuro. O que a gente quer provocar é uma call to action [convocação para agir] para que essas ações comecem hoje”.
O conteúdo deste evento ficará na internet. As discussões deste primeiro ciclo da Glocal Experience seguem até o fim de 2022, com a definição de três pactos de convergência de ação envolvendo todos os setores, visando reintegrar e reimaginar territórios rumo a 2030.
Conheça os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável no site da ONU.
Veja a programação da Conferência:
Quarta-feira (13)
15h: Solenidade de abertura
Natalia Uribe, secretária-geral das Regions4, que representa os governos regionais nos processos da ONU e grandes eventos sobre o meio ambiente.
16h15: “Um Rio para o Futuro”
Bruno Aranha, diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES;
Manuel Belmar, diretor-geral de Finanças da Globo;
18h: “Convergência para Ação”, primeiro diálogo da Convenção
Adam Kahane, um dos principais líderes atuais de conflitos de processos de paz e união entre nações e povos;
Ilona Szabó, cientista social, fundadora do Instituto Igarapé e integrante do Conselho Consultivo de Alto Nível do Secretário-Geral da ONU sobre multilateralismo eficiente.
Fechamento: Apresentação de drone com o tema “água.
Quinta-feira (14) – Pilar: água
9h30: “O que é a Glocal Experience e o que se propõe”
Rodrigo Cordeiro, diretor-geral da Glocal Experience;
Christel Scholten, diretora-executiva da Reos Partner Brasil.
10h: “Sem água não há vida”
Sônia Bridi, jornalista da Globo e autora do livro “Diário do Clima”;
10h15: “Desafios e oportunidades para a segurança hídrica no Brasil”
Fernando Veiga, diretor de Conservação da América Latina do The Nature Conservancy;
Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea.
11h30: “A universalização do saneamento no Rio de Janeiro”
Alexandre Bianchini, diretor-presidente da Águas do Rio;
Lucas Arrosti, diretor de Operações da Iguá Saneamento;
Leonardo Soares, presidente da Cedae.
Leonardo Righetto, CEO da Águas do Brasil
Maurício Knoploch, diretor de Planejamento e Projetos Instituto Rio Metrópole.
15h: “Um outro olhar para o oceano”
Ana Asti, subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade da SEA;
Ricardo Gomes, diretor do Instituto MarUrbano;
Janaina Bumbeer, especialista em Conservação da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário;
Flavio Andrade, presidente da OceanPact.
16h15: “Baías de Sidney”
Jeremy Dawkins, professor da Camberra University, na Austrália.
16h30: “Baías e lagoas de todos nós”
Nicola Miccione, secretário-chefe da Casa Civil do estado;
Alaildo Malafaia, presidente da Cooperativa Manguezal Fluminense;
Eduardo Pimenta, coordenador de Engenharia Ambiental da Universidade Veiga de Almeida/RJ;
17h30: “Saneamento é questão de justiça social”
Luana Siewert Pretto, CEO do Instituto Trata Brasil
Rayne Ferretti, funcionária do Escritório Regional para América Latina e o Caribe do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos;
Vinicius Lopes, do Data Lab;
Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas
Sexta-feira (17) – Pilares: Resíduo e Energia
9h30: “Reimaginando o Capitalismo”
Shuo Chen, sócia da IOVC, um fundo de capital de risco com sede no Vale do Silício, e está entre os 13 membros votantes da Comissão de Saúde Mental da Califórnia.
9h50: “Resíduos sólidos: novas dinâmicas sociais, velhos problemas estruturais”
Rodrigo Perpétuo, secretário-executivo para a América Latina da ICLEI;
Phelippe Daou Junior, CEO do Grupo Rede Amazônica;
Tião Santos, empreendedor social e inspiração do documentário “Lixo Extraordinário”;
Jacob Paulsen, diretor da Seção de Ciência e Inovação da Embaixada da Suécia.
11h15: Simbiose Industrial para reduzir desperdício e a poluição
Lisbeth Randers, head de secretariado na Kalundborg Symbiosis.
11h30: “Por uma economia circular, colaborativa e solidária”
Lisbeth Randers;
Julia Luchesi, coordenadora de projetos na Manuia Brasil;
Anne Catadora, dona do canal “Cataflix”.
15h: “Como tornar justa a transição energética”
Francisco Scroffa, country manager da Enel X no Brasil;
Eduardo Ávila, diretor-executivo da Revolusolar.
16h15: “Brasil, uma potência energética?”
Suzana Kahn, professora do COPPE/UFRJ, professora titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro;
Sandro Yamamoto, diretor técnico da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica);
Ansgar Pinkowski, gerente de Inovação e Sustentabilidade na AHK Rio.
Sábado (16) – Pilar: clima
9h30: Abertura
Ailton Krenak, que organizou a Aliança dos Povos das Florestas.
9h50: “Onde nós estamos e para onde vamos”
Rosana Jatobá, jornalista.
10h10: “A agenda climática na prática, o que significa viver em um mundo descarbonizado?”
Walter de Simioni, diretor de Articulação Política e Diálogo do Instituto Talanoa;
Patricia Ellen, CEO da Systemiq;
Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima e do MapBiomas.
11h45: “O futuro da Amazônia é hoje: manter a floresta em pé é combater a desigualdade”
Samela Sateré Mawé, comunicadora da articulação dos Povos Indígenas do Brasil, consultora da Fundação Amazônia Sustentável e voz ativa na Associação de Mulheres Indígenas Sateré Mawé;
André Guimarães, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia;
Izabella Teixeira, conselheira emérita do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, ex-ministra do Meio Ambiente e co-chair do Painel Internacional de Recursos Naturais da ONU Meio Ambiente;
Renata Piazzon, diretora-executiva do Instituto Arapyaú (mediadora).
14h00: “Mercado de Carbono – Global local”
Paulo Protásio, diretor-executivo da Autoridade do Desenvolvimento Sustentável;
Nelson Rocha, secretário de Estado de Planejamento e Gestão;
João Accioly, diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
15h: “Créditos de carbono: que papo é esse, eu quero saber?”
Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS);
Bruno Aranha, diretor-geral do BNDES;
Fabio Galindo, chairman e co-CEO da FutureCarbon Group;
Marina Cançado, co-CEO da Future Carbon Group e fundadora da Converge Capital (mediadora).
16h15: “Protagonismo das cidades é fundamental”
Washington Fajardo, secretário municipal de Planejamento Urbano do Rio de Janeiro;
Sergio Besserman, economista e Ambientalista;
Daniel Calarco, presidente do Observatório Internacional da Juventude;
Melina Risso, diretora de pesquisa do Instituto Igarapé e coautora do livro “Segurança Pública para virar o jogo” (mediadora)
17h15: “O boom do capitalismo regenerativo”
John Elkington, referência na sustentabilidade empresarial, orienta empresas como Hewlett Packard e Microsoft a produzir com responsabilidade socioambiental.
Serviço:
Data: de 9 a 17 de julho