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Brasil lidera no mundo o ranking de derrubada das florestas tropicais

País concentra quase metade das áreas de floresta desmatadas no mundo em 2021

Vista aérea de floresta na Amazônia Crédito: Valter Campanato/Arquivo/Agência Brasil

Um levantamento da Global Forest Watch, publicado quinta-feira (28), aponta que o Brasil foi líder, em 2021, na perda de florestas tropicais no mundo.

Os dados da organização não governamental WRI (World Resources Institute) em parceria com a Universidade de Maryland, nos EUA, revelam que o Brasil, sozinho, respondeu por 40% da derrubada registrada.

Ao todo, as perdas de florestas tropicais primárias somam 3,75 milhões de hectares (37,5 mil quilômetros quadrados). No Brasil, segundo o levantamento, a perda foi de 1,5 milhões de hectares, ou 15 mil quilômetros quadrados, valor menor do que o documentado no ano anterior, mas maior do que os números de 2018 e 2019.

A pesquisa mostra ainda que houve um aumento relevante de perda florestal no oeste da Amazônia, com novos pontos de grande expansão do desmatamento ao longo de estradas.

Segundo Fabíola Zerbini, diretora de florestas, agricultura e uso do solo do WRI Brasil, não se trata de uma mudança de padrões, mas somente uma expansão dos pontos com desmatamento mais forte.

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Além da enorme perda de biodiversidade, a derrubada das florestas tropicais também tem um impacto considerável em emissões de gases-estufa.

No Brasil, a derrubada da Amazônia e as atividades do agronegócio são as principais fontes de emissão do país.

Segundo a Global Forest Watch, em 2021 houve emissão de 2,5 gigatoneladas de CO2 pela derrubada de florestas tropicais nativas, valores não tão distantes das emissões de toda a Índia.

“O mundo não vai atingir a meta climática de limitar o aquecimento global a 1,5°C se a Amazônia não for protegida”, afirma Zerbini. “É um projeto global que o Brasil tem condições de liderar.”

Em segundo lugar na lista da Global Forest Watch dos países com maiores perdas de florestas tropicais está a República Democrática do Congo, com 0,5 milhão de hectares derrubados (cerca de 5.000 km²). Por lá, há ligações da destruição com uma expansão de espaços agrícolas.

A lista tem na sequência Bolívia, Indonésia e Peru, mas todos com dados consideravelmente menores do que os brasileiros.

Esse top 5 permanece quase constante nos últimos anos, somente com uma mudança da Indonésia, que, em 2020, caiu uma posição -as taxas de perda de floresta primária foram reduzidas pelo quinto ano seguido no país; comparada a 2020, a queda já chega a 25%.

Fonte: Agência Brasil

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