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Mulheres participam de programa que visa a conservação do ecossistema capixaba
O contato com a natureza e com a gestão de um parque estadual são parte da rotina dos voluntários que estão participando da primeira edição de 2023 do Programa de Voluntariado em Unidades de Conservação (PVUC), realizado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). No Parque Estadual Forno Grande, em Castelo, no Sul do Espírito Santo, por quase um mês, três voluntárias estão tendo a oportunidade de vivenciar a experiência.
Nesta primeira turma, que vai até 30 de janeiro, todas as pessoas que participam do Programa de Voluntariado em Unidades de Conservação no parque foram mulheres. São elas Ana Paula da Cunha Vieira, Mylena Martins Antonio e Ruth Maria de Barros Reicao Cordido. O parque ainda receberá uma segunda turma de 08 a 23 de fevereiro.
Ana Paula Vieira, que é de Venda Nova do Imigrante, é estudante de Biologia e se inscreveu no programa para, justamente, ter mais contato com o dia a dia em uma Unidade de Conservação (UC). “A experiência está sendo incrível. Estou tendo a oportunidade de conviver com várias pessoas da área ambiental, trocar experiências e aprender muito. Além disso, o Parque Estadual do Forno Grande tem uma beleza e diversidade imensas, tornando tudo muito mais agradável”, contou.
Mylena Antonio, de Cachoeiro de Itapemirim, também é estudante de Biologia. “Sempre tive interesse nessa parte da área ambiental, conservação e preservação de fauna e flora. Não é meu primeiro voluntariado em UC, mas acredito que sempre será uma experiência diferente. Forno Grande é um parque lindo, rico em biodiversidade e estou gostando bastante de passar esse tempo aqui, sem contar que estamos conhecendo o entorno do parque, da comunidade, e pessoas da área com muita bagagem. Está sendo muito enriquecedor”, disse.
Já Ruth Cordido atua em Direito Ambiental e é de São Paulo. “Estou gostando bastante dessa experiência, pois não conhecia essa região serrana do Espírito Santo. Os servidores e as duas outras voluntárias que trabalham comigo são muito comprometidos com o propósito de cuidar da preservação do Parque e de transmitir aos visitantes noções básicas sobre o que significa uma unidade de conservação. Recomendo não só aos estudantes de Biologia, mas também aos das ciências humanas esse tipo de vivência imersiva para conhecer a rotina desse tipo de gestão pública”, ressaltou.
O gestor dos parques, Rodolpho Torezani, destacou a importância do Programa de Voluntariado em Unidades de Conservação. “Para a gente, é muito importante, pois, além de auxiliar no atendimento aos visitantes, elas promovem a educação ambiental, ajudam a restaurar placas e informativos e atualizam informações científicas e acadêmicas”, acrescentou.
Ainda segundo Torezani, além da troca de experiências, as voluntárias deixam resultados que beneficiam as unidades de conservação. “Apesar da grande maioria dos voluntários ser da área de Ciências Biológicas, temos participantes de várias formações, como a Ruth, que é advogada, o que também agrega muito aos parques. Esperamos em breve receber mais um grupo do programa”, afirmou o gestor dos parques.
O PVUC é um programa que procura incentivar e valorizar o trabalho voluntário nas áreas naturais públicas do Estado, com o objetivo de aproximar e envolver a sociedade em atividades de conservação dos recursos naturais, promovendo conhecimento e a troca de experiências entre profissionais das Unidades de Conservação e voluntários.
O trabalho voluntário não gera vínculo empregatício ou remuneração, conforme a Lei 9.608/98 e a IN 06/14, do Iema. Os voluntários recebem, como contrapartida das unidades de conservação, benefícios necessários para a permanência no local de trabalho, capacitação sobre as unidades de conservação e participam das atividades que serão realizadas. Há também a emissão de um certificado com carga horária.
