Iniciativa bem sucedida de manejo de resíduos sólidos para destinação ambiental adequada, o projeto “De Olho no Lixo”, executado pela SEAS e Viva Rio, ganhou o Prêmio FIRJAN AMBIENTAL 2020, na categoria ”Resíduos Sólidos”, entre outros 381 projetos. A premiação aconteceu no dia 13/11, às 10h, via youtube.
Fruto de cooperação técnica entre a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e o Viva Rio Socioambiental, o “De Olho no Lixo” beneficia as comunidades da Rocinha e do Vidigal, na zona sul do Rio, e a Roquete Pinto, no Complexo da Maré. O programa tem o apoio da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj).
Desde sua criação em 2016, o projeto recolheu 1,5 milhão de toneladas de resíduos, sendo mais de 300mil toneladas de lixo reciclável e 4,5 mil litros de óleo, entre outros. Foram produzidos também 1,5 mil peças de roupas e acessórios e 550 instrumentos musicais.
“O De Olho no Lixo é um projeto que nos enche de orgulho, que transforma resíduo em arte, estimula a educação ambiental além de fortalecer práticas culturais através de ações sustentáveis. Durante a pandemia, mais de 3,5 mil máscaras foram produzidas e doadas a moradores das comunidades. Estamos honrados com essa premiação”, destaca o secretário de estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.
Apesar da pandemia, os agentes ambientais do programa recolheram, entre janeiro e agosto deste ano, 142 toneladas de resíduos da Rocinha e do Vidigal para destinação ambiental adequada. Na Rocinha, esse trabalho resultou na criação da Cooperativa Rocinha Recicla.
Além disso, a iniciativa promove a capacitação de moradores das três comunidades, através das oficinas do Ecomoda e do Funk Verde. Na primeira, os alunos aprendem a fazer peças de roupas, bolsas e acessórios, reutilizando jeans, retalhos, sobras de tecidos, banners e tantos outros objetivos que teriam como destino a lata do lixo.
Já a oficina do Funk Verde ensina a percepção sonora aos moradores, utilizando instrumentos musicais confeccionados a partir do reaproveitamento de resíduos. O Funk Verde também funciona como ferramenta de comunicação de massa, por meio das composições temáticas.
Nessa oficina, os alunos já produziram centenas de instrumentos musicais como a cuíca produzida com canos PVC, um tipo de resíduo da construção civil; o pandeiro confeccionado com garrafa pet, em substituição ao couro animal; latas de tinta que foram transformadas em caixas, dentre outros.
Fonte:
Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade RJ