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Reciclagem de latinhas gera exemplo

“O Brasil segue na liderança mundial quando o assunto é reciclagem de latinhas de alumínio, uma economia de matéria prima e milhares de empregos gerados”

No ramo da reciclagem tem até aquela brincadeira: é só jogar uma latinha para o alto, que alguém está lá pra pegar, sem antes cair no chão. Parece um exagero, mas esse ciclo de reciclagem em relação as latinhas de alumínio vêm ficando a cada ano mais rápido, graças a uma rede importante de empresas que compram, mas principalmente dos catadores de rua, que estão sempre em todos os lugares em busca das latinhas.

A última pesquisa se refere ao ano de 2019, quando mais uma vez o Brasil se destacou na liderança da reciclagem de latinhas, o índice é de 97,6%, ou seja, a cada 100 latinhas geradas, 97 são recicladas no Brasil, no resto do mundo essa marca fica em torno de 70%. A gente está falando de um metal, então sua compra e venda gera milhares de empregos no setor. Desde o catador até as grandes indústrias que compram.

O que chama atenção no processo de reciclagem da latinha é que tudo é muito rápido, em menos de 30 dias a latinha pode ser comprada, usada, reciclada e voltar ao supermercado. Outro dado positivo é que 95% menos gases de efeito estufa são emitidos no processo de reciclagem e tem mais, o alumínio pode ser reciclado infinitamente.

O alumínio é encontrado no minério bauxita como matéria prima, em uma concentração de 15 a 25%. Estima-se que as atuais reservas de bauxita sustentem mais de 100 anos de extração, se mantidos os ritmos atuais. O minério passa por processos de beneficiamento, como refinação, extrusão e laminação. Após todo esse processo, as impurezas da bauxita são eliminadas e o alumínio é fornecido para a indústria em forma de lâminas, que variam de 60 mm a 2 mm. Podendo ser trabalhados até atingirem espessura de 0,006 mm, mantendo suas propriedades físicas.
A movimentação financeira da reciclagem tem sido fundamental para algumas regiões, principalmente neste momento de pandemia, atividade gera emprego e renda para os catadores de materiais recicláveis, além de estimular o crescimento da consciência da sociedade sobre a importância da reciclagem e da conservação dos recursos naturais. Somente na etapa da coleta da latinha, R$ 1,6 milhão foram injetados diretamente na economia brasileira em 2018. O montante corresponde a 1,8 milhão de salários mínimos ou a remuneração de um salário mínimo por mês para a população de uma cidade com cerca de 150 mil habitantes.

“O Brasil é exemplo para o mundo. Desde 2004, o nosso índice de reciclagem de latas permanece acima de 90%, o que significa que a cadeia da reciclagem tem acompanhado o crescimento do consumo, o que não é trivial”, lembra Milton Rego, presidente-executivo da ABAL.


Fonte: Eco Repense

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