Marina Silva defende proteção ao meio ambiente e combate à desigualdade

 A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, discutiu o papel da sustentabilidade no desenvolvimento a partir de uma economia estruturada no uso sustentável dos recursos naturais, no primeiro dia do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

World Economic Forum/Sandra Blaser

No painel de abertura do evento, Marina Silva ressaltou que o novo governo está comprometido com o desmatamento zero, proteção dos povos tradicionais, democracia, sustentabilidade, além do combate à desigualdade. “Eu fiquei muito feliz quando o presidente Lula me convidou para ser, pela terceira vez, sua ministra de Meio Ambiente, porque eu vejo que ele colocou essa agenda no mais alto nível das prioridades e assumiu que a política ambiental brasileira, política de clima, não será uma política setorial, será uma política transversal e estará presente nas políticas de energia, de transporte, de mobilidade, na agricultura, na indústria, em todos os setores”, explicou.

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A ministra defendeu que é preciso liderar pelo exemplo, protegendo o meio ambiente, mas, também, combater as desigualdades. “Vamos liderar pelo exemplo. Nós podemos falar muitas coisas legais, mas se não reduzirmos o desmatamento, apenas falamos. Neste momento, vamos precisar entender que é preciso fazer em dois trilhos: é o trilho de proteger o meio ambiente, mas [também] de combater as desigualdades. O mundo é desigual. No meu país têm 120 milhões de pessoas que estão passando fome. Nós tínhamos saído do mapa da fome e agora temos 33 milhões de pessoas que estão vivendo com menos de um dólar por dia. A sustentabilidade não é só econômica, não é só ambiental, ela é também social”, disse a ministra.

Segundo ela, as respostas técnicas para que essa agenda seja implementada já existem, o que falta é a vontade ética e o compromisso político.

Marina Silva ressaltou, ainda, que é possível aumentar a produção agrícola brasileira fazendo a transição para a produção sustentável. “Podemos triplicar a produção agrícola do Brasil sem precisar derrubar uma árvore. Esse é o desafio colocado pelo presidente Lula para mim e para o ministro da Agricultura. Fazer a transição para uma agricultura sustentável. Isso precisa de conhecimento, de inovação e de tecnologia”, ressaltou.

O Fórum Econômico Mundial começou nesta segunda-feira (16) e vai até sexta-feira (20). O tema da reunião anual deste ano, que promove o encontro de líderes políticos, de empresas e da sociedade civil, é a “Cooperação em um mundo fragmentado”. O Governo Brasileiro é representado pela ministra Marina Silva e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

ASCOM MMA

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