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Debate sobre a importância da gestão hídrica marca o lançamento do Atlas dos Mananciais

Para encerrar o mês que celebra o Dia Mundial da Água, hoje (31/3), a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em parceria com a Universidade do Ambiente, promoveram o evento de lançamento da segunda edição do livro “Atlas dos Mananciais de Abastecimento Público do Estado do Rio de Janeiro” no auditório dos órgãos ambientais.

A cerimônia contou com a presença de diversos representantes de entidades atuantes em prol do meio ambiente e do gerenciamento das águas fluminenses, que frisaram a importância de garantir e promover a segurança hídrica para o abastecimento da população. Na mesa de abertura, os convidados destacaram a necessidade de firmar parcerias entre órgãos públicos e privados para definir e cumprir metas que sejam mensuráveis e possam ajudar a melhorar a qualidade dos mananciais do Rio de Janeiro.

Segundo a subsecretária de Mudanças do Clima e Conservação da Biodiversidade, Marie Ikemoto, eventos frequentes de seca e estiagem em grandes cidades brasileiras reforçam a importância da preservação de nossos recursos hídricos. “A Seas e o Inea têm promovido ações visando a conservação e o reflorestamento em áreas estratégicas no âmbito do Programa Pacto pelas Águas, ação que visa a proteção de mananciais com o objetivo de aumentar em médio e longo prazo a segurança do abastecimento público de água”, destacou Ikemoto.

 

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Para a subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade da Seas, Ana Asti, não podemos pensar em uma economia azul sem pensar na preservação dos mananciais. “Soluções baseadas na natureza são o ponto central do desenvolvimento, então, o grande desafio é enxergar tudo isso como parte de um sistema integrado”, complementou Asti.

O “Atlas dos Mananciais de Abastecimento Público do Estado do Rio de Janeiro” expõe um panorama completo dos principais corpos hídricos responsáveis pelo abastecimento público do estado do Rio de Janeiro. A atualização e ampliação da publicação traz importantes informações complementares para caracterização e análise dos 514 mananciais de abastecimento público, responsáveis pelo fornecimento de água para as sedes urbanas e distritos dos 92 municípios fluminenses.

Diagnóstico ambiental

“O Inea é um órgão extremamente acadêmico e quero que seja conhecido pelo que ele é, uma casa do conhecimento. Hoje, com o lançamento de um Atlas com a análise de 514 mananciais, reforçamos a importância do órgão e da conservação ambiental”, destacou o presidente do Inea, Philipe Campello, ao comentar sobre o trabalho do instituto na proteção ambiental do Rio de Janeiro.

Um dos resultados do estudo foi a descoberta de que quase metade das captações de água no estado estão localizadas no interior de unidades de conservação, reforçando a importância das áreas protegidas para a preservação de nossas fontes de água.

Segundo a diretora de Biodiversidade, Áreas Protegidas e Ecossistemas do Inea, Julia Bochner, desde 2018 o Atlas dos Mananciais tem sido amplamente utilizado como norteador de diversas políticas públicas. “A publicação se constitui em um grande instrumento de planejamento e ordenamento territorial, pois possibilita um diagnóstico bastante preciso da saúde ambiental dos nossos principais mananciais de abastecimento”, reforçou a diretora.

O atlas traz contribuições metodológicas e resultados práticos, que subsidiam as políticas públicas e iniciativas que visem a proteção de mananciais. Para tanto, a publicação apresenta os dados e análises de fatores físicos, climáticos, ecológicos e de custo do reflorestamento, apontando quais áreas apresentam maior potencialidade para a restauração ecológica. Além disso, considera fatores relacionados ao grau de comprometimento da oferta hídrica e do grau de degradação ambiental das bacias, indicando as áreas de maior pressão sobre os recursos hídricos, e que, portanto, merecem maior prioridade e urgência para intervenção.

A diretora executiva da The Nature Conservancy (TNC), uma ONG internacional que trabalha para a conservação do meio ambiente através de ações diretas ou parcerias com outras entidades, Frineia Rezende, destacou que o poder público do estado do Rio de Janeiro e as entidades presentes têm uma relação de longa data, sendo apenas com esse tipo de parceria que os quadros drásticos serão revertidos. “O atlas representa um instrumento extremamente importante porque nos ajuda a priorizar tanto as áreas de restauração quanto as ações ligadas à questão hídrica”, ressaltou Rezende. Para a diretora de Sustentabilidade e Relações Institucionais do grupo Águas do Brasil e ex-presidente do Inea, Marilene Ramos, “os mananciais são a fonte de vida da qual dependemos e protegê-los é uma obrigação de qualquer ser humano, principalmente de quem trabalha com a área ambiental”.

Além de gestores da Seas e do Inea, bem como da TNC e do grupo Águas do Brasil, o evento contou com a presença de representantes da Cedae, do Comitê de Bacia da Baía de Guanabara, da Secretaria de Meio Ambiente de Campos dos Goytacazes, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação da Prefeitura do Rio de Janeiro, do Comitê Guandu e do Rio+Saneamento.

O lançamento da segunda edição do “Atlas dos Mananciais de Abastecimento Público do Estado do Rio de Janeiro” foi transmitido ao vivo pelo YouTube e a sua gravação pode ser assistida pelo canal do Inea: https://www.youtube.com/@InstitutoEstadualdoAmbiente

 

FONTE: GOVERO DO ESTADO
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