Seguindo em direção ao rio Muriaé, a bela lagoa do Cantagalo foi fragmentada em três. A lagoa das Pedras ainda conserva atributos que justificam a sua proteção. Já no vale do Muriaé, várias lagoas de tabuleiros se ligam a esse rio. A mais bela lagoa de tabuleiros de toda unidade aí se encontra. É a lagoa Limpa. Mais adiante, estão as lagoas do Lameiro e da Boa Vista, muito mutiladas pela agroindústria sucroalcooleira.
Uma grande lagoa à margem esquerda do rio Muriaé, já entre os tabuleiros e a região serrana, é a lagoa da Onça. Semelhante à lagoa de Cima em sua configuração, ela era formada pelo rio da Onça, que desce da serra de mesmo nome e alagava uma vasta depressão, formando a antiga lagoa da Onça. Na ponta sul desta, um extravasor, ainda com o nome de Onça, ligava a lagoa ao rio Muriaé. No caso da lagoa de Cima, seu principal alimentador é o rio Imbé e seu extravasor é o rio Ururaí. Houve um autor no passado que entendeu a lagoa de Cima como o rio Imbé grávido e o Ururaí como continuação do Imbé.
5 respostas para “As lagoas de tabuleiros do norte fluminense”
Excelente artigo. Ótima abordagem e exposição de uma região pouquíssima conhecida por gente, como eu, aqui na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Não apenas por você, Jorge. Também por muitos outros e, principalmente, por que vive aqui e que é estudioso.
Muito interessante, trabalho muito bom!
Obrigado. Busco escrever de forma jornalística sem abrir mão do rigor.
Obrigado. Busco escrever de forma jornalística sem abrir mão do rigor.