Instituto orienta que os primatas não devem sofrer retaliações e, em casos suspeitos, devem ser acionados os órgãos competentes
Recentemente, a população mundial passou a ser informada sobre novos casos da varíola dos macacos em 22 países fora do continente africano e no Brasil, uma doença zoonótica causada pelo vírus Mokeypox, do gênero Orthopoxivirus.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), junto a demais entidades de proteção do meio ambiente e da biodiversidade, alertam que, apesar do nome, não há participação de macacos nas transmissões identificadas até o momento, com contaminação entre pessoas.
Os primeiros casos foram apontados à Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 13 de maio deste ano. Até o momento, as autoridades sanitárias não identificaram o animal ou mesmo o local de origem da doença. Com as transmissões comunitárias humano-humano, essa forma de contágio passa a ser o fator relevante para o estabelecimento de medidas de controle, segundo as autoridades.
Destaca-se, portanto, segundo o Instituto, que os primatas não-humanos não são os principais responsáveis pela disseminação da doença, mas, sim, vítimas como os humanos, com adoecimento precoce, antecipando o alerta sobre o impacto para a humanidade. Os primatas não devem sofrer retaliações e, em casos suspeitos, devem ser acionados os órgãos competentes.
“Os macacos têm papel importante na manutenção de florestas, na polinização, dispersão de sementes nativas, controle de pragas e ainda auxiliam na manutenção da saúde ambiental e humana”, destacou em nota o ICMBio, publicada em seu site oficial.
A varíola humana foi erradicada mundialmente após a década de 1980, já o vírus Monkeypox, causador da varíola dos macacos, apresenta transmissão menor e com severidade branda.
Atualmente, foram identificados casos na Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Emirados Árabes, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Israel, Itália, México, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Suécia e Suíça. Alguns casos suspeitos estão em investigação no Brasil.
Fonte: Agência Brasil