“O restaurante que traz no cardápio a comida de afeto, vem deixando o vilarejo mais colorido”
Na rua principal de Patrimônio da Penha, em Divino de São Lourenço, uma casa antiga levou um banho de cores, traçados de artistas, um quintal que mais parece um horto e o cheiro que vem da cozinha e que faz lembrar os temperos da vovó. O estilo simples e aconchegante traduz a essência do restaurante “Flores e Sabores”, das proprietárias Bárbara Rossi e Carolina Gontijo. Que começaram a escrever essa história no vilarejo desde o início do ano, trazendo experiências de outros restaurantes também na região.
“O Flores e Sabores surgiu há sete anos quando eu conheci a Barbara e resolvi mudar para o Caparaó, o sonho sempre foi estar em Patrimônio da Penha, mas durante um tempo, a gente resolveu apostar em Guaçuí. A família dela sempre envolvida com floricultura e a minha com sabores. A ideia de se ter um restaurante dentro de um horto florestal nos deixou empolgadas, ficamos lá por um tempo. Depois mudamos para outro endereço, conseguimos ir para uma casa maior e ampliamos nossa clientela, também o número de funcionários. A gente conseguiu implementar nossa gastronomia de alto nível numa cidade de interior. O lugar teve um crescimento desordenado, por isso, resolvemos dar uma pausa e voltar a fazer comida com amor”, conta Carolina.
Com a idealização no coração das proprietárias, o sonho inicial de ter um lugar em Patrimônio da Penha foi tomando forma. O primeiro passo foi montar um projeto de verão, que começou em janeiro de 2020, para ver o que o público gostaria de encontrar no empreendimento. Um lugar menor, antes do atual, mas que foi super aceito que trouxe parte da clientela de volta e o sorriso nos rostos das donas, para voltar a fazer cozinhar com prazer.
Estar numa vila menor encurtou os espaços com o produtor que fornece a matéria prima para o restaurante. “Temos a simplicidade no coração, queremos comprar do produtor rural produtos orgânicos. Temos a certeza que é a nossa hora. O Flores tem uma característica de misturar arte com comida. São receitas de família, de avó e pai, temos todo o aval deles. O pequeno produtor entrando e sendo o protagonista de nossos pratos. Flores comestíveis e finalizam o prato. Sempre misturamos flores e tempero, os artistas estão envolvidos no nosso negócio, um exemplo é o nosso forno que foi feito por um italiano, que nos ensinou em todos as etapas deste o processo da construção até a magia do forno na hora de acender”, destaca Carolina, que disse ainda, que a Bárbara gosta de estar junto com o produtor, colher e acompanhar o alimento do campo até o produto final.
O resumo de todo esse relacionamento com os alimentos, a natureza, arte e a simplicidade, o cliente encontra sem precisar rotular. “Esqueça os rótulos, o que foi passado, escrito e vivido será honrado pelo nosso olhar, da natureza de acolhimento, sempre falando com calma e leveza. Comida é arte, sem prazer o lugar não anda, além disso, o cliente está procurando muito a experiência, talvez a frieza de alguns lugares não proporciona isso. Dizem que montanha chama, só fica quem realmente ela quer, estamos enxergando um futuro mágico, somos gratos a Vila de Patrimônio da Penha e a Montanha Sagrada”, finaliza Bárbara.