Reciclagem de baterias automotivas atende 43% da frota brasileira

Entre 2019 e 2021, quase 500 mil toneladas de chumbo foram recuperadas e reinseridas como matéria-prima para a indústria

Mais de 58 milhões de automóveis circulam em todo o país. Assim, é possível imaginar a quantidade de baterias que são descartadas todos os anos. São toneladas de chumbo, ácido e plástico que, se descartados corretamente, podem ser reutilizados e retornar como matéria-prima para a indústria. Isso significa sustentabilidade e economia para a cadeia produtiva.

Em 2019, o Ministério do Meio Ambiente assinou um acordo com a Associação Brasileira de Baterias Automotivas e Industriais (Abrabat-BR), a Associação Nacional dos Sincopeças do Brasil (Sincopeças-BR) e o Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (Iber), para implementar o sistema de logística reversa de baterias automotivas de chumbo. O acordo determina metas e responsabilidades para os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e recicladores, desde a coleta, acondicionamento, transporte, reciclagem até a disposição final desses produtos inservíveis.

A parceria com a iniciativa privada possibilitou a coleta de mais de 46 milhões de baterias de chumbo entre 2019 e 2021, o que permitiu a reciclagem de 838 mil toneladas de materiais que foram reinseridos na cadeia produtiva. Isso significa que 43% da frota brasileira foi atendida com a reciclagem das baterias nos últimos anos. Os excelentes resultados atingidos pelo setor foram divulgados na última semana, durante evento promovido pelo Ministério do Meio Ambiente em que foram anunciados recordes no âmbito da logística reversa.

Com a reciclagem das baterias automotivas, foi possível recuperar quase 500 mil toneladas de chumbo em três anos. O material é utilizado como principal substância na fabricação industrial porque possui, entre outras vantagens, baixo ponto de fusão e alta resistência à corrosão. Além de prevenir a contaminação do solo e das águas, a logística reversa reduz a dependência da importação de chumbo para a fabricação de novas baterias. “Isso evita a contaminação do solo, além da questão econômica, visto que o Brasil não possui reserva mineral de chumbo”, comemora o secretário de Qualidade Ambiental do MMA, André França.

Com a reciclagem das baterias, o País também recuperou 49 mil toneladas de plástico e transformou 217 mil toneladas de ácido em água, entre 2019 e 2021.

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Logística reversa de baterias

O sistema nacional de logística reversa de baterias foi desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (Iber), entidade gestora signatária do Acordo Setorial Nacional celebrado com o Ministério do Meio Ambiente.

O objetivo é que o setor possa uniformizar as obrigações de fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes varejistas. Tudo para que o sistema seja implantado de maneira mais célere e benéfica ao meio ambiente.

“A evolução no cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) tem transformado o mercado brasileiro e as empresas precisam, mais do que nunca, acompanhar esse processo, estando em dia com a legislação. O Iber é decisivo nessa jornada, disponibilizando para seus associados uma certificação reconhecida em território nacional pelo setor e autoridades competentes de todo o país.

O sistema de logística reversa gerido pelo IBER conta com uma plataforma de Logística Reversa com tecnologia de ponta, suporte técnico em todas as etapas e interlocução com as principais autoridades ambientais”, ressalta Amanda Schneider, diretora executiva do Iber.

Fonte: https://www.gov.br

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