Hidrogênio é considerado o combustível do futuro

“Ele não tem cheiro, cor e tem o maior valor energético, se comparado a outros elementos da tabela períodica, mas existem também muitas desvantagens quando o assunto é hidrogênio”

 

Se fossemos listar as tantas vantagens do hidrogênio com certeza muitos se perguntariam: por que esse elemento químico não se torna a principal fonte de energia no mundo? Só que a vida imita a química e toda ação tem uma reação, no caso do hidrogênio, as desvantagens implicam em riscos de explosão, altos custos de transporte e distribuição. Isso sem falar que ele é mais leve que o ar. Muitos pesquisadores se dedicam, em encontrar uma solução para ampliar a utilização deste elemento, já que é o mais abundante do Universo, sendo ideal para a busca de energia limpa.

Os dados dos estudos sobre o hidrogênio são positivos, de acordo com a Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), até o ano de 2025, pelo menos 6% da energia consumida no planeta deve estar ligada ao hidrogênio. A ideia é aproveitar os benefícios do elemento, com capacidade energética muito alta é uma excelente opção para o futuro, principalmente pelo setor de transporte.

Por enquanto a conta não está fechando, mesmo já sendo usado por alguns países como França, Alemanha e Estados Unidos. O hidrogênio não está sozinho na natureza, sempre acompanhado de outros elementos, tem uma relação de dependência com hidrocarbonetos, petróleo e seus derivados. O processo de isola-lo aumenta os custos, mas não inviabiliza economicamente falando, atualmente ele é muito usado como combustível na NASA.

O lado “bom moço” da história é que o hidrogênio tem baixo nível de emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa, além disso, não aumenta a poluição sonora porque seu processo é silencioso, pode ser usado para gerar energia sendo uma excelente opção ecológica para gerar emprego e renda, no setor ambiental.

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Até 2050 Governantes de todo o mundo já estipularam a descarbonização do planeta. Para isso, a separação do hidrogênio de outros elementos, já que atualmente é responsável por mais de 2 % das emissões totais de CO2 no mundo. Isso porque, quando queimado de maneira controlada, o hidrogênio oferece o combustível mais limpo, produzindo apenas água como resíduo. Isso é estimulante quando comparado com um motor a gasolina que produz dióxido de carbono que é o grande vilão das mudanças climáticas.

Só que a meta feita pelo Conselho Mundial do Hidrogênio é que até o ano de 2030, os custos de produção do hidrogênio verde caiam em 50%. Claro, que esse planejamento é animador, muitos pesquisadores estão trabalhando para isso. No Brasil, já épossível ver essa movimentação, pelo menos três estados estão com projetos: Pernambuco, Rio de Janeiro e Ceará, sendo que o último é o mais avançado e já tem um investimento de 40 milhões de reais.

O que é o hidrogênio?

Ele é encontrado em todo o Universo, por ser leve demais também está no espaço, o hidrogênio alimenta o sol, que converte centenas de milhões de toneladas da substância em hélio a cada segundo. E dois átomos de hidrogênio estão ligados a um átomo de oxigênio para formar água. Se essas combinações não existissem, não estariamos vivos.

O hidrogênio puro é usado principalmente no refino de petróleo e na produção de amônia, principalmente para fertilizantes, enquanto os gases misturados são fornecidos para produção de metanol e aço. O hidrogênio puro ainda não é comumente utilizado como combustível.

Acidente que marcou a história

Em 1937, o dirigível alemão Hindenburg explodiu em sua tentativa de atracar com o mastro de amarração após uma jornada transatlântica. O transporte estava em Nova Jersey, nos Estados Unidos, dos 100 passageiros, vários ficaram feridos e 35 morreram. Pesquisa recente identificou o motivo exato para o desastre: eletricidade estática.

A partir de investigações com modelos em escala, pesquisadores chegaram à seguinte explicação para o acidente de 6 de maio de 1937: o dirigível ficou carregado estaticamente, devido ao fato de ter atravessado uma tempestade. Somado a isso, também houve falha em uma das válvulas de gás hidrogênio. Quando foram pegas as cordas para o pouso, por conta da estática, causou-se uma faísca. Assim, o fogo se espalhou da cauda para as outras partes do dirigível facilitada pelo vazamento do hidrogênio.

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