A estudante de pós-graduação em engenharia da Penn State, Divya Tyagi (à direita), mostra seu trabalho sobre um problema matemático centenário ao seu orientador, Sven Schmitz, membro do corpo docente da Faculdade de Engenharia. Penn State / Kevin Sliman
A estudante de pós-graduação em engenharia da Penn State, Divya Tyagi (à direita), mostra seu trabalho sobre um problema matemático centenário ao seu orientador, Sven Schmitz, membro do corpo docente da Faculdade de Engenharia. Penn State / Kevin Sliman

Estudante atualiza fórmula centenária e promete turbinas eólicas mais eficientes

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Trabalho de pós-graduanda da Penn State melhora equação clássica de Hermann Glauert e pode aumentar a produção de energia renovável em larga escala

Uma estudante de pós-graduação da Universidade Estadual da Pensilvânia (Penn State) atualizou uma equação matemática com mais de 100 anos usada na modelagem de turbinas eólicas — e o impacto pode ser decisivo para aumentar a eficiência na geração de energia renovável.

Divya Tyagi, autora da pesquisa, revisou a fórmula original desenvolvida pelo aerodinamicista britânico Hermann Glauert, responsável por importantes avanços na engenharia eólica do século 20. A equação de Glauert determinava o coeficiente de potência máxima de uma turbina, essencial para calcular seu desempenho ideal.

“Criei um adendo à equação original para definir as condições ideais de fluxo e maximizar a produção de energia da turbina”, explicou Tyagi.

Mais precisão, mais energia

Embora pioneira, a equação de Glauert não considerava todas as forças que atuam sobre os rotores das turbinas modernas. Tyagi, orientada pelo professor Sven Schmitz, refinou a fórmula incorporando novos coeficientes físicos, como o empuxo a favor do vento e os momentos fletores da raiz das pás — forças que afetam diretamente a estabilidade e a eficiência do sistema.

“Glauert não estimava corretamente a carga total nas pás. Essa força é como alguém empurrando sua mão com força: é preciso resistir. As turbinas fazem isso o tempo todo”, explicou Schmitz, pesquisador do Instituto de Energia e Meio Ambiente da Penn State.

Esses elementos permitem agora uma modelagem mais precisa do desempenho aerodinâmico da turbina.

Uma simples mudança com grandes impactos

Segundo a pesquisa, um aumento de apenas 1% no coeficiente de potência pode representar um salto significativo na produção de energia, suficiente para abastecer um bairro inteiro com uma única turbina.

Além disso, a nova versão da equação foi projetada de forma acessível: engenheiros poderão aplicá-la facilmente no campo, acelerando a adoção em projetos reais de energia eólica.

“Acredito que essa fórmula estará em breve nas salas de aula do mundo inteiro”, afirmou Schmitz.

O estudo completo foi publicado na revista científica Wind Energy Science.

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