A Coppe/UFRJ lançou, no dia 15/6, o Centro Virtual de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono. A iniciativa tem como objetivo envolver toda a comunidade científica da Coppe e estabelecer parcerias entre o poder público e a iniciativa privada a fim de buscar soluções de descarbonização da economia.
Inicialmente o Centro terá duas frentes de atuação: a plataforma digital BxC (uma abreviação para baixo carbono), que busca conectar os institutos de ciência e tecnologia, empresas e financiadores. “O Centro Virtual de Baixo Carbono prevê a integração entre todos os nossos laboratórios, empresas, sociedade e órgãos financiadores e a formação e capacitação de pessoal, que pode ser EAD ou por encomenda”, afirmou Suzana Kahn, vice-diretora da Coppe. Os cursos de ensino a distância (EAD) sobre soluções de baixo carbono terão dois módulos iniciais com início já em agosto.
A descarbonização da economia é a busca pela redução de emissão de carbono na atmosfera, especialmente o dióxido de carbono (CO2), gerado na queima de combustíveis fósseis − o carvão mineral, o gás natural e o petróleo e seus subprodutos. A discussão sobre as possibilidades da descarbonização acontece no mundo inteiro. No Brasil, o Plano de 10 pontos para Descarbonização da Economia Brasileira foi anunciado dia 13/9/2022, no Senado Federal.
O evento que apresentou o Centro Virtual contou com o debate Soluções tecnológicas de baixo carbono: competências e visão de futuro. A mesa foi composta por Cristiano Pinto da Costa (presidente da Shell Brasil), Daniel Elias (CEO da Petrogal Brasil), Décio Oddone (diretor-presidente da Enauta), Maurício Tolmasquim (diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras), Gil Maranhão Neto (diretor de Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa da Engie Brasil), Telmo Guiorzi (secretário executivo da ABESPetro) e teve moderação da professora Suzana Kahn (vice-diretora da Coppe).
A primeira pergunta feita aos convidados por Suzana foi: Quais soluções de baixo carbono são mais promissoras para o Brasil? Energia elétrica e hidrogênio verde (uma fonte de energia limpa que só emite vapor de água) foram consenso entre as respostas dadas pelo grupo.
Thelmo Guiorzie destacou a necessidade de reforçar a parceria entre a iniciativa privada, as universidades e a cadeia de suprimentos, bem como a necessidade de aproximação com universidades de outros países. Décio Oddone afirmou que a visão sobre a transição energética vem mudando. Segundo ele, hoje já é possível compreender que a solução será lenta e depende de uma série de fatores.
O uso do gás natural também foi um tema discutido pelos componentes da mesa, que, entre outras questões, afirmaram que o Brasil não possui tantas reservas de gás natural quanto se acredita e que o uso desse recurso necessita ser avaliado de uma maneira estratégica por parte do governo.
O evento fez parte da série Agenda Coppe e Sociedade, que integra as comemorações dos 60 anos da instituição, um dos maiores centros de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina. O debate pode ser assistido na íntegra no canal Coppe UFRJ.
Fonte: Assessoria UFRJ