Área de Proteção Ambiental é proposta para evitar ocupação irregular no entorno do Parque Nacional do Caparaó
A criação de uma comissão para a elaboração de uma Área de Proteção Ambiental (APA) no entorno do Parque Nacional do Caparaó foi o principal resultado do Fórum Pró- Caparaó. O evento aconteceu na sede da portaria do Parque, em Pedra Menina, no município de Dores do Rio Preto, nesta quarta-feira (16).
De acordo com a secretária executiva do Consórcio Caparaó, Dalva Ringuer, a reunião contou com cerca de 100 pessoas, entre técnicos, prefeitos, secretários dos municípios do entorno do Parque, lideranças, vereadores e consultores.
“A pauta foi o uso e ocupação da zona de amortecimento do Parque e o avanço das construções, loteamentos, chacreamento e condomínios sendo implantados sem as devidas licenças ambientais, além do desmembramento dessas áreas rurais nas quais não são permitidas por Lei”, destacou.
Entre as apresentações esteve a do professor Gumercindo Souza Lima, da Universidade Federal de Viçosa.
“Ele falou da importância de criação de uma APA, que pode ser Federal, Estadual ou municipal. Dessa forma foi feito uma comissão com representantes de todos setores presentes e essa comissão vai ouvir a população e dar os encaminhamentos para a criação da APA”, completou Dalva.
A comissão contará também com representatividade da direção do Parque, gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O Fórum contou também com representantes dos governos do ES e MG, e teve apoio da Prefeitura de Dores de Rio Preto.
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Juan Ricardo Carvalho Senna, vai ser marcada uma próxima reunião para fazer os ajustes necessários da comissão para que o trabalho não pare.
“O encontro foi favorável. Tivemos um feedback positivo de algumas pessoas que moram lá na área de amortecimento do Parque saber sobre licenciamento. O objetivo realmente é este”, destacou o secretário.
Com a possibilidade da concessão do Parque Nacional do Caparaó à exploração da iniciativa privada aumenta a expectativa pelo desenvolvimento da região e também a preocupação com o crescimento desordenado, principalmente do lado capixaba.
Apesar do Parque Nacional do Caparaó já estar incluído no Programa Nacional de Desestatização, a sua concessão à iniciativa privada para explorar serviços de turismo ambiental dentro da unidade não foi tratado no Fórum da última quarta-feira.