O grupo surgiu no bairro conhecido como Jardim Catarina, em São Gonçalo. Um terreno baldio que reunia muitas crianças foi a principal inspiração, as brincadeiras começaram com futebol, pista de obstáculos, cordas e tudo era motivo para interação com as crianças do local, principalmente porque elas não contavam com uma área de lazer.
“Pegamos a ideia de buscar lazer em outras áreas como cachoeiras, praias e parques florestais, indo acampar até também nestes locais. Com isso os jovens fundaram o grupo em 1984, mas com um nome diferente: O Clube Esportivo Campinho, mais tarde, sendo conhecido como GGM”, lembra Jorge Marcos Avelar, vice-presidente.
Do lazer para a prática séria, isso porque até agora 1035 pessoas se formaram nos cursos fornecidos pelo grupo. E não estamos falando só de um entretenimento, hoje de 30 a 60 pessoas que fazem parte do núcleo base, podem ser acionadas tanto para prática de trekking, escalada, ou mesmo, para auxílio em resgates.
O Grupo gosta de dizer que é bem aberto para novos participantes, a idade mínima é de 12 a 17 anos com autorização dos responsáveis, depois disso qualquer faixa etária é bem-vinda. Importante é que todos têm que se inscrever no Curso de Instrução Básica do Granito, que acontece duas vezes ao ano. O curso tem duração média de doze semanas em dias intercalados, uma vez por semana, com palestras, cursos e instruções práticas. Ao final, o aluno passa três dias em um acampamento no meio da mata, onde recebe informações complementares, principalmente de sobrevivência.
“Nossas atividades são feitas principalmente na região da Serra dos Órgãos. Os principais pontos de montanhismo conhecidos que frequentamos, estão em Petrópolis, Teresópolis, na capital do Rio de Janeiro e também em Agulhas Negras, município de Rezende. Fazemos muitas trilhas em locais próximos, situados no município de São Gonçalo (gruta do Spa), Magé (Andorinhas e Santo Aleixo), Niterói (costão de Itacoatiara) e Maricá (pedra do elefante)”, destaca Jorge.
Entre os destaques do grau de complexidade do montanhismo está o paredão Santo Aleixo, que fica no município de Magé, também na Baixada Fluminense. A rocha é de difícil acesso e exige muita destreza para concluir. “Nossa proposta é tornar a prática do montanhismo acessível a todos que queiram. Não elitizamos sua prática. Se a pessoa sabe algo e quer entrar, soma” finaliza Jorge.
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