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Expedição Paraíba visita projeto modelo de reflorestamento e ruínas históricas

Equipe que saiu da foz em SJB já passou pela região do Comitê Guandu e seguirá para o interior paulista

Na semana que antecedeu aos dias Mundial da Floresta e da Água, respectivamente nestes dias 21 e 22 de março, a “Expedição Nascentes do Paraíba: da Foz à Nascente do Rio Paraíba do Sul” passou pela região metropolitana e Médio Paraíba do Rio.

O Comitê Guandu, que leva o nome do rio responsável por grande parte do abastecimento daquela região, recebeu duas visitas organizada pelos Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs) e o Movimento Nascentes do Paraíba. O lançamento da Expedição aconteceu no dia 7 deste mês em Atafona, onde fica a foz do rio, no litoral fluminense. As visitas já passaram por outras cidades do interior e será finalizada em setembro no interior paulista, onde nasce o Paraíba.

As visitas desta semana aconteceram em propriedades participantes do programa Produtores de Água e Floresta (PAF), em Rio Claro, um projeto conhecido internacionalmente e idealizado e desenvolvido pelo Comitê Guandu; e nas ruínas de São João Marcos, cidade alagada para a construção do reservatório de Lajes. Os encontros aconteceram nos últimos dias 15 e 17.

Na primeira visita, o grupo foi até o município de Rio Claro. Lá eles conheceram exemplos do PAF, que é um dos primeiros projetos de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do Brasil, e uma referência para o Comitê Guandu, que está prestes a completar 20 anos no dia 3 do próximo mês.

A iniciativa já resultou na conservação e recuperação de mais de 5 mil hectares de Mata Atlântica, até o momento, e já retribuiu aos produtores rurais locais em mais de dois milhões de reais.

A Expedição chegou com uma comitiva para ver de perto os trabalhos de conservação e recuperação ambiental, que contribuem para todo o bioma da região e para a bacia hidrográfica.

De acordo com o gestor do programa de Produtores de Água e Floresta, Leandro Barros Oliveira, especialista em Recursos Hídricos da AGEVAP, foram visitadas as fazendas Sertão do Sinfrônio, que fica em uma comunidade Quilombola, e a Pinheiros, também no distrito de Lídice. As duas propriedades juntas somam mais de 75 hectares de áreas restauradas e outros 300 hectares conservados.

“Foi feita uma apresentação no Centro de Convenções de Rio Claro e, em seguida, ocorreram as visitas nas propriedades participantes do PAF. No Sertão do Sinfrônio, onde vive a comunidade Quilombola, aconteceu uma roda de conversas com moradores antigos do local, que contaram um pouco da história do lugar. São pessoas que viveram muitos anos da produção de carvão vegetal e atualmente têm essa guinada para o ramo da conservação e restauração”, destacou Leandro.

Já na última quinta-feira (17), a comitiva foi até o Parque Arqueológico São João Marcos, também em Rio Claro. A localidade também é parte da bacia hidrográfica do Guandu. Trata-se de uma cidade que foi desabitada no início do século passado para que o reservatório de Lajes fosse construído.

Os membros que participaram da Expedição conheceram um pouco da história e o complexo de barragens, elevatórias e de reservatórios, que foi feito na época para geração de energia. Hoje, além do potencial elétrico, o ambiente também contribui no abastecimento de água para mais de nove milhões de pessoas.

Integrante da equipe de Organização e Comunicação da Expedição Nascentes do Paraíba, Nelson Reis, um dos membros mais antigos do Comitê Guandu, tem acompanhado de perto as ações e destaca a importância delas.

“Foi uma experiência bastante significativa para todos que lá foram. Entender o que aconteceu em João Marcos foi muito importante para a gente entender e ter como referência para outros empreendimentos que estão por vir. A participação do Comitê Guandu, neste contexto foi importantíssima para a Expedição Nascentes do Paraíba”.

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